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Plantas do Brasil 12. Cajueiro

O cajueiro é uma planta da família Anacardiaceae, nativa da região nordeste do Brasil, cujo nome científico é Anacardium occidentale. Possui dois tipos: o comum ou gigante e o anão. O tipo comum pode atingir entre 5 e 12 metros de altura, podendo chegar a 20 metros. O tipo anão tem em média 4 metros.

 

O caju, conhecido como fruto é composto pelo pedúnculo/pseudofruto, e a castanha, que é o fruto verdadeiro. Dentro da castanha está a amêndoa da castanha de caju, e quando amadurece, o pseudofruto se torna amarelo ou vermelho, no tamanho de 5 a 11cm, e possui os nomes cientifícos Anacardium microcarpum e Cassuvium pomiverum.

Portal Take Care Garden

Castanhas de caju. Portal Diário do Nordeste

 

O nome Anacardium deriva do grego kardia, que significa “coração”, devido à semelhança com o formato da fruta. Em inglês, cashew, tem sua origem na palavra portuguesa com pronúncia similar, caju, que por sua vez se origina da palavra indígena acaju. Em outros países da América Latina, exceto a Venezuela, é conhecido por marañon, talvez porque foi visto pela primeira vez no estado do Maranhão.

Atualmente, o cajueiro é encontrado em diversos países, pois foi levado pelos colonizadores desde o século XVI, sendo considerada uma planta de fácil adaptação às condições ecológicas do local.

No início da década de 1960, iniciou-se o cultivo comercial do cajueiro no Brasil, tendo como base o plantio de sementes do cajueiro gigante nativo e, hoje, a castanha de caju é comercializada mundialmente.

O caju possui muitos nutrientes como vitamina C (teor maior que o da laranja), vitamina A, B, proteínas, lipídios, carboidratos, cálcio, fósforo, ferro, zinco, magnésio, niacina, fibras e gordura insaturada, que ajudam a diminuir o nível de colesterol no sangue. O fruto pode ser consumido in natura, na forma de suco e de doces caseiros.

A casca da castanha contém um líquido conhecido internacionalmente como cashew nut shell liquid. Esse óleo negro e viscoso não pode ser descartado na natureza devido à sua composição química, o que levou a descoberta de novas formas de aplicação desse óleo. No Brasil, é utilizado na fabricação de verniz, pesticidas, inseticidas e antioxidantes. No Japão, a indústria química Cashew Sociedade Anônima, tendo esse óleo como matéria-prima, produz a laca, que é um verniz muito utilizado nos utensílios japoneses e hoje, em automóveis, equipamento audiovisual e outros. A qualidade da textura do acabamento dessa laca obtida da casca do caju é muito semelhante à laca japonesa, sendo que a laca de caju não dá reação alérgica, mas sempre é bom tomar cuidado.

Flor. Portal Beleza da Caatinga

As flores atraem as abelhas, o que contribui para a biodiversidade local. De cor avermelhada ou brancas amareladas, nota-se listas rosas em suas pétalas. Florescem de novembro a março.

Do tronco é retirada a goma do cajueiro que pode substituir a goma arábica, sendo utilizada na indústria do papel e farmacêutica. A madeira é durável e apropriada para construção civil, carpintaria e marcenaria.

 

Agosto de 2023