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Plantas do Brasil – 4. Vitória-régia (Parte II)

Na primeira parte foram levantadas algumas características da Vitória-régia. Entre elas, a utilização na culinária, como a semente que estoura como a pipoca e tem sabor semelhante. Além da semente, o caule da Vitória-régia pode ser preparado de várias maneiras e são considerados iguarias. Pode ser espaguete, empanado, cozido, salada e até mesmo geleia. O caule chega a medir 5 metros de comprimento, sendo coberto por espinhos, mas que saem facilmente ao ser descascado. Ao cortá-lo, notamos furos que se assemelham aos da raiz de lótus. Acesse o link abaixo e saiba mais.

https://www.youtube.com/watch?v=D7CjVhTrofM

Há também a seguinte lenda sobre a Vitória-régia:

Essa lenda nasceu na Amazônia e conta a história de perseverança da índia guerreira Naiá, nascida e criada em uma aldeia tupi-guarani.

De rara beleza, Naiá encantava a todos por onde passava. Um dia, apaixonou-se pela Lua e desejou ir morar com ela no céu. Naiá cresceu ouvindo histórias de seu povo e sabendo que a Lua era um deus que se enamorava das moças mais lindas da aldeia e as transformava em estrelas, Naiá subia as colinas, todos os dias, depois que seu povo dormia, na esperança de ser notada.

Em uma de suas muitas noites de clamor, Naiá percebeu que a luz da Lua refletia nas águas do lago, bem perto da colina. Pensando que o senhor do seu coração se banhava ali, tão perto, mergulhou no lago em busca dele, mas nunca mais voltou.

O deus Lua, comovido, transformou-a em uma estrela, mas bem diferente daquelas que brilham no céu. A linda índia era agora a Vitória-Régia, a estrela das águas, com suas flores perfumadas que mudam de cor conforme o horário do dia — brancas ao cair da noite e rosadas ao raiar do dia.

Obs: Há outras versões dessa lenda.

Agosto de 2021