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Plantas do Brasil – 3. Vitória-régia (Parte I)

Uma das flores exóticas brasileiras mais bonita que existe é a vitória-régia, sendo a maior planta aquática do mundo. É originária da Amazônia e possui uma folha grande em forma de círculo, podendo chegar até 2,5 metros de diâmetro, que fica na superfície da água.

O curioso é que essa flor desabrocha apenas à noite e permanece na cor branca até às nove horas da manhã do dia seguinte. Depois, adquire uma tonalidade rosa; se fecha e só abre à noite para polinizar. A superfície da folha é verde com bordas de 15 cm aproximadamente, e marrom-avermelhado na parte que fica na água. Possui nervuras onde o ar se acumula, o que faz com que a folha flutue, podendo sustentar o peso de até 40 kg. Sua beleza sempre despertou o interesse dos naturalistas e seu perfume exala doçura.

A vitória-régia pode ser utilizada na culinária e na medicina. Serve para a cicatrização de ferimentos. Sua semente é rica em ferro, amido e tem sabor semelhante ao de pipoca, que estoura quando é submetida ao calor.

Os indígenas da região amazônica conhecem a vitória-régia pelos nomes: Uapé, Iapucacaa, Aguapé-assú, Jaçanã ou Nampé; os índios guaranis ainda a chamam de Irupé. No entanto, seu nome mais popular – Vitória, foi dado em homenagem à famosa rainha da Inglaterra do fim do século XIX.

Sua denominação científica é Victoria amazônica, pertencente à família Nymphaeceae, e faz parte da coleção botânica viva do Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, no Pará, Brasil. No início do século XIX, a vitória-régia foi encontrada por botânicos europeus e levada para o Kew Gardens: Jardins Botânicos Real de Londres, na Inglaterra. No Japão, podemos encontrar essa planta aquática no Tropical Dream Center, em Okinawa.

Existe também a vitória-régia cujo nome científico é Victoria cruziana, conhecida também por “nenúfar de Santa Cruz”. É originária do norte da Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil. É bem semelhante à Victoria amazônica, mas pode ser cultivada em temperaturas ligeiramente inferiores de 21°C a 24°C. As bordas das folhas chegam a 20 cm, mais altas que as das Victoria amazônica. (continua)

Maio de 2021