- A Paz Através de Uma Tigela de Chá -

Diz-se que o 香 (incenso) e o kôgô 香合 (porta-incenso) foram introduzidos no Japão com o budismo (em meados do século VI), e passaram a ser usados em práticas budistas.

No período Muromachi, o incenso, que era parte do ritual budista, foi incorporado à Cerimônia do Chá, colocando diretamente o queimador de incenso (kôro) no toko do gabinete de estudo (shoin) e, no kôro, o incenso era queimado.

Uma das hospitalidades do Chadô é o incenso que é queimado no chashitsu, a sala de chá, para purificá-la e dar as boas-vindas aos convidados em um ambiente mais leve.

Na cerimônia do carvão (sumidemae), queima-se o incenso que varia conforme seja o período de furo ou ro.

No período de furo, o incenso de madeira (kôboku) de árvore aromática, principalmente sândalo (byakudan) e madeira de aloés de alta qualidade (jinkô), é cortado em pequenos pedaços quadrados, para serem queimados. Em geral, há três tipos de madeira perfumada: byakudan, jinkô e kyara. Porém, no Chadô, a kyara não é queimada no ro, porque danifica o kama.

Os kôgô de madeira ou de laca, são usados no furo.

Durante o período de ro, os ingredientes de incenso, mel e vinagre de ameixa, são amassados; o incenso pastoso, em forma de bolinhas (nerikô), é envelhecido por um certo período de tempo, para ser queimado. O teishu mistura os aromas a seu gosto e os utiliza na sala de chá.

Diz-se que, durante o período Nara, o comércio com a Dinastia Tang, da China, introduziu métodos de fabricação de fragrâncias, remédios e incenso amassado (nerikô).

Os kôgô de cerâmica são usados no período de ro.

 

Fevereiro de 2023